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Com maior epidemia de dengue e alta no 2º semestre, Campinas projeta risco de piora em 2025 e define novo plano de ações

Segundo a Secretaria de Saúde, aumento de casos de julho a outubro, situação climática e circulação de sorotipos ligaram novo alerta para chance de repeti...

Com maior epidemia de dengue e alta no 2º semestre, Campinas projeta risco de piora em 2025 e define novo plano de ações
Com maior epidemia de dengue e alta no 2º semestre, Campinas projeta risco de piora em 2025 e define novo plano de ações (Foto: Reprodução)

Segundo a Secretaria de Saúde, aumento de casos de julho a outubro, situação climática e circulação de sorotipos ligaram novo alerta para chance de repetição ou agravamento do cenário deste ano. Com recorde histórico, Campinas registra 120 mil pessoas com dengue em 2024 Depois de viver a maior epidemia de dengue da história, Campinas (SP) mantém o alerta ligado para a doença e mapeia os riscos de que, em 2025, o cenário possa ser igual ou pior do que neste ano. Entre os indicadores que preocupam o Departamento de Vigilância Epidemiológica da metróple (Devisa), estão a circulação dos três sorotipos diferentes, a alta expressiva de casos no 2º semestre e o fato de que uma pessoa pode ser infectada por até quatro vezes. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp De janeiro até o dia 18 de novembro, a metrópole registrou 120,4 mil casos e 80 mortes por dengue. Com o pior cenário da série histórica e a preocupação para não repetir a situação no ano que vem, a Secretaria de Saúde comunicou, nesta quinta-feira (21), a expansão do plano de ações que já havia colocado em prática em 2024 para atuar no combate à doença e na remoção de criadouros do mosquito Aedes Aegypti, que transmite a infecção, além da zika e chikungunya. De acordo com dados atualizados pelo Devisa, de julho a outubro, Campinas teve 3,6 mil pacientes confirmados com dengue. No mesmo período de 2023, quando já havia o alerta para a explosão neste ano, o número foi de 662 infectados, o que indicou uma explosão de registros e motivou a prefeitura a estabelecer o novo protocolo de medidas de prevenção. Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da dengue, em Campinas Rogério Capela/Prefeitura de Campinas Segundo a Vigilância Epidemiológica, os dois fatores que contribuíram para a alta de casos de dengue neste ano foram a circulação dos três sorotipos (1,2 e 3) juntos pela primeira vez e as condições climáticas, com as sucessivas ondas de calor. Uma pesquisa da Unicamp mostrou, recentemente, que o aumento de 1ºC pode aumentar o número de pacientes infectados em até 40%. "Temos vários vetores que nos trazem uma grande preocupação, que é uma expectativa de casos iguais ou maior que em 2024, somado a isso ainda um alerta de chicungunya", disse a diretora do Devisa, Wanice Port. Dificuldade de entrar Além disso, outro elemento que preocupa o governo municipal e motivou a definição das novas ações é a dificuldade de remover os criadouros nas residências. Segundo a administração, 75% do foco do mosquito estão em imóveis, sendo que, em metade deles, não é possível a atuação de agentes na casa porque o morador ou não está ou recusa a entrada. "A gente esperava que o coeficiente epidemiológico caísse e isso não aconteceu. Continuamos com um índice alto de confirmações", completou Wanice. 🚨🚨🚨 Como saber que a visita não é golpe? A prefeitura orienta a população a, durane a semana, ligar no telefone 156 para saber se tem ação prevista no bairro naquele dia e horário. Se for aos sábados, o número deve ser o 199, que é da Defesa Civil. As visitas a imóveis são feitas por funcionários da empresa Impacto Controle de Pragas. Os agentes usam camiseta laranja com gola careca e logo da empresa silkado, enquanto o líder da equipe veste blusa verde com as mesmas características. Todos vestem calça na cor cinza e têm crachá de identificação. Já voluntários de mutirões usam colete na cor laranja com a identificação e a frase “Campinas contra o mosquito”. Novas ações O novo plano da prefeitura de Campinas prevê, além de todas as ações que já foram praticadas neste ano, como os mutirões, capacitação de funcionários, nebulização e visitas a imóveis, parceria com a Polícia Federal para usar imagem de satélites na busca de criadouros e recorrer a chaveiros para acessar imóveis fechados. Veja abaixo: 👉 Parceria com a Polícia Federal para localizar criadouros do Aedes Aegypti 👉 Inteligência artificial para convocar 9,2 mil crianças e adolescentes que estão com a 2ª dose da vacina atrasada; 👉 Reunião com o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci) para fiscalizar casas vazias; 👉 Uso de chaveiros para entrar em casas com "fortes suspeitas" de criadouros 👉 Parceria com a CPFL para mandar mensagens educativas nas contas de energia. Como saber se você está com dengue e se é grave Como saber se é grave O pico de transmissão da dengue em Campinas neste ano ocorreu no período entre 7 e 13 de abril. O município declarou fim do estado de emergência, mas permanece em epidemia. A Secretaria de Saúde recomenda aos moradores que, caso apresentem febre, procurem centros de saúde “imediatamente para diagnóstico clínico” e não banalizem os sintomas ou façam automedicação. Embora a dengue não tenha um medicamento específico, há uma série de medidas clínicas que podem evitar o agramento e óbito, se feitas a tempo. Por isso, é preciso ficar atento aos sinais de alarme. São eles: Dor abdominal; Muitos vômitos; Algum sinal de sangramento (gengiva, por exemplo); Menstruação em maior volume, no caso das mulheres; Sensação de desmaio Orientações à população 🌡️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação. 🚨 Ao apresentar algum desses sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde. Algumas medidas de prevenção são: Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa; Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol; Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros; Tampe os tonéis e caixas d’água; Mantenha as calhas limpas; Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo; Mantenha lixeiras bem tampadas; Deixe ralos limpos e com aplicação de tela; Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia; Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais; Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas; Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas); Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados; Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos; Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa. VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

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